A tarefa pode ser enfadonha e demorada, mas a garantia de que, em caso de sinistro, receberá a quantia necessária para substituir mobílias, eletrodomésticos e o restante recheio da sua casa, faz com que valha cada minuto perdido.
Para determinar o valor do recheio da sua casa, o melhor é munir-se de papel, lápis e calculadora. Faça uma lista de todos os objetos que possui e considere o valor que teria de pagar se tivesse de os adquirir no momento de subscrição ou renovação da apólice. Calcule 10% desse montante e adicione-o, para prever eventuais aumentos de preço quando se der o sinistro.
Para garantir que, em caso de sinistro, recebe a quantia correta em relação aos seus bens, o capital seguro deve ser equivalente ao valor de substituição em novo. Existem apenas duas exceções a esta regra:
Sempre que possível, prefira apólices que paguem a indemnização por inteiro, independentemente da antiguidade dos bens.
Há um conjunto de objetos que, pelo seu elevado valor, são considerados objetos especiais. Além das peças de arte e antiguidades, integram também este grupo os aparelhos fotográficos, de som e imagem, jóias, coleções, armas e casacos de pele.
Para que, em caso de sinistro, seja devidamente indemnizado, estes objetos deverão ser discriminados e valorizados individualmente na apólice pelo seu valor real, recorrendo-se, para isso, aos valores do mercado da especialidade. Caso contrário, a seguradora paga-lhe um valor máximo por objeto que, regra geral, não ultrapassa os 1500 euros.
No seu conjunto, o valor dos objetos não deverá ultrapassar uma determinada percentagem do capital do recheio (por norma, 30%), sob pena de o segurado ter de pagar um sobreprémio.
O valor dos bens não se mantém constante ao longo do tempo. Por esse motivo, o capital seguro é atualizado anualmente de forma automática, com base nos índices publicados trimestralmente pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Esses índices são três e refletem a variação dos preços em função da inflação.
Aplicam-se:
Relativamente ao capital seguro para o recheio, como ao longo dos anos se vão habitualmente comprando outros móveis, utensílios, objetos decorativos, máquinas, etc., o mais aconselhável será voltar a munir-se de papel, lápis e calculadora a cada quatro ou cinco anos e atualizar os valores.
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